Crime contra a humanidade
Depois de cinco meses de investigação, o Fantástico e o Jornal da Globo exibiram de 31 de maio a 2 de junho a reportagem Meninas do Brasil.
Fruto do trabalho dos repórteres Francisco Regueira, Alberto Fernandez e Paulo Renato Soares, Meninas do Brasil comprovou que a exploração sexual é um problema grave na região Norte do país, em especial na cidade de Portel, município esquecido no estado do Pará.
Lá, ficaram constatados o tráfico e a exploração sexual de adolescentes como meios recorrentes de se ganhar dinheiro com a sexualidade.
Através de apurações, relataram-se a história e o crime hediondo de uma mulher chamada Edina dos Santos Balieiro, que ofereceu a um homem envolvido na investigação a sua filha por APENAS quatro cervejas (o equivalente a 10 reais) e, em outro momento, a combinação de venda dessa filha por 500 reais.
Após o primeiro dia de exibição da série no Jornal da Globo, a Edina dos Santos foi presa e, muito provavelmente, responderá de quatro a dez anos de prisão pelos crimes de exploração sexual e venda da filha.
Na matéria, além de flagrar aliciadores, foram ouvidos os depoimentos de vítimas e representantes da Justiça a exemplo da relatora da CPI da Exploração Sexual, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) e do chefe da Defensoria Pública da União/Pará, Anginaldo Oliveira Vieira, que muito contundemente criminalizaram a exploração sexual de crianças e adolescentes e as maneiras de se tirar vantagens com a sexualidade humana.
O difícil de aceitar na reportagem são as declarações da delegada do Departamento de Atendimento à Criança e ao Adolescente da cidade, em que diz não se surpreender com a notícia, uma vez que acontece em todo o país.
Engolindo a seco, vejo de forma inaceitável a apatia da delegada e de qualquer representante da Justiça ou do Poder Público quando afirmam apenas ser uma prática costumeira, não apresentando soluções de combate ao crime e respondendo com um estúpido “infelizmente”.
De modo ridículo, o prefeito de Portel surge no final da reportagem declarando não ser de competência dele o assunto investigado. O que é LAMENTÁVEL tanto para ele como figura pública quanto para a população de Portel, que o elegeu representante!
O assunto repercutiu no país e obteve bons resultados com a prisão de Edina Oliveira e do aliciador Idaías Vilarinho de Souza, mostrado na matéria intermediando a negociação de programas.
Certamente os repórteres prestaram um grande serviço à sociedade e puderam encerrar o trabalho com ar de dever cumprido. Vale relembrar o fato!
Links para reportagem:
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1177597-15605,00.html
http://g1.globo.com/jornaldaglobo/0,,MUL1180634-16021,00-MAE+QUE+QUERIA+VENDER+A+PROPRIA+FILHA+POR+R+E+PRESA.html
Fruto do trabalho dos repórteres Francisco Regueira, Alberto Fernandez e Paulo Renato Soares, Meninas do Brasil comprovou que a exploração sexual é um problema grave na região Norte do país, em especial na cidade de Portel, município esquecido no estado do Pará.
Lá, ficaram constatados o tráfico e a exploração sexual de adolescentes como meios recorrentes de se ganhar dinheiro com a sexualidade.
Através de apurações, relataram-se a história e o crime hediondo de uma mulher chamada Edina dos Santos Balieiro, que ofereceu a um homem envolvido na investigação a sua filha por APENAS quatro cervejas (o equivalente a 10 reais) e, em outro momento, a combinação de venda dessa filha por 500 reais.
Após o primeiro dia de exibição da série no Jornal da Globo, a Edina dos Santos foi presa e, muito provavelmente, responderá de quatro a dez anos de prisão pelos crimes de exploração sexual e venda da filha.
Na matéria, além de flagrar aliciadores, foram ouvidos os depoimentos de vítimas e representantes da Justiça a exemplo da relatora da CPI da Exploração Sexual, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) e do chefe da Defensoria Pública da União/Pará, Anginaldo Oliveira Vieira, que muito contundemente criminalizaram a exploração sexual de crianças e adolescentes e as maneiras de se tirar vantagens com a sexualidade humana.
O difícil de aceitar na reportagem são as declarações da delegada do Departamento de Atendimento à Criança e ao Adolescente da cidade, em que diz não se surpreender com a notícia, uma vez que acontece em todo o país.
Engolindo a seco, vejo de forma inaceitável a apatia da delegada e de qualquer representante da Justiça ou do Poder Público quando afirmam apenas ser uma prática costumeira, não apresentando soluções de combate ao crime e respondendo com um estúpido “infelizmente”.
De modo ridículo, o prefeito de Portel surge no final da reportagem declarando não ser de competência dele o assunto investigado. O que é LAMENTÁVEL tanto para ele como figura pública quanto para a população de Portel, que o elegeu representante!
O assunto repercutiu no país e obteve bons resultados com a prisão de Edina Oliveira e do aliciador Idaías Vilarinho de Souza, mostrado na matéria intermediando a negociação de programas.
Certamente os repórteres prestaram um grande serviço à sociedade e puderam encerrar o trabalho com ar de dever cumprido. Vale relembrar o fato!
Links para reportagem:
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1177597-15605,00.html
http://g1.globo.com/jornaldaglobo/0,,MUL1180634-16021,00-MAE+QUE+QUERIA+VENDER+A+PROPRIA+FILHA+POR+R+E+PRESA.html
0 comentários:
Postar um comentário