quinta-feira, 4 de junho de 2009

Países celebram Dia de Combate à Agressão Infantil

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu artigo 15, declara que toda criança e adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.

Longe de se fazer valer esse direito, o Dia Mundial de Combate à Agressão Infantil é celebrado, nesta quinta-feira 4, com o objetivo claro de mobilizar e conscientizar a família, a sociedade e o Estado quanto às violências físicas e psicológicas sofridas por meninos e meninas em todo o mundo.

De acordo com a delegada da Infância e Adolescência do Centro de Atendimento a Grupos Vulneráveis de Aracaju, Georlize Teles, a data é mais uma forma de sensibilizar a população contra agressões sofridas pelo público infanto-juvenil.

“Acredito que o dia é destinado à reflexão, uma vez que a sociedade precisa entender que qualquer tipo de violência contra a criança é um mal abominável. O papel da mídia neste dia é de divulgar e sensibilizar a população acerca da violência doméstica, física e psicológica a qual crianças e adolescentes, de qualquer classe social e em qualquer parte do mundo, estão expostas”, reflete a delegada.

Sobre o atendimento às agressões, a delegada completa que toda criança em situação de risco pessoal e social precisa de um acompanhamento adequado onde deve ser resguardada sua integridade física.

“Recebemos diariamente todas as modalidades de violência contra crianças e adolescentes, de abuso e exploração sexual à violência doméstica. A nossa preocupação, quando conhecemos um caso, é de garantir os direitos humanos da criança. Para isso, prestamos assistência completa à vítima com acompanhamento psicossocial. Ainda assim, precisamos capacitar os profissionais envolvidos nesse enfrentamento para que a integridade física seja sempre preservada”, esclarece Georlize.

Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em 2007, 80% das agressões físicas contra crianças e adolescentes são causadas por parentes próximos. O Unicef informa ainda que de hora em hora morre uma criança queimada, torturada ou espancada pelos próprios pais.

Para a psicóloga Vannessa Paixão, a criança quando agredida no seio familiar perde o direito à assistência e pode desenvolver doenças emocionais que prejudicarão na formação e no desenvolvimento humano.

“Através de um direito garantido, a criança é percebida atualmente como sujeito de valor, muito embora ainda não tenha voz. A agressão física pode desenvolver na criança timidez excessiva, depressão, nervosismo e isolamento social. Esses sinais de alerta trazem marcas profundas no corpo e na mente. Tudo isso, muitas vezes, é reflexo da relação de poder que os pais têm com os filhos. O que a criança precisa é de proteção, carinho e assistência. Só assim, garantimos a integridade e construímos o valor de um ser humano”, diz a psicóloga.

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